quarta-feira, setembro 24

Mídias mortas

Faxina em velho armário, perdido no tempo e no espaço. A promessa era de me desfazer de qualquer coisa anterior a 1995 - data jogada ao acaso como esforço de desapego. Mas como abandonar (quase) 30 anos de memórias?

Entre outras coisas, descobri que sempre fui jornalista.

Entre coleção de borrachas usadas e álbum de figurinhas do Barrados no Baile, uma Capricho de 1962 com uma emocionante e completa telenovela, a edição 10 mil da Zero Hora, uma Realidade intacta e a minha faixa de bixo no vestibular de 1997 da UFSM. Dá para descartar tudo isso? Abaixo aos 5Ss!

Destaque para a minha Susi - totalmente anos 80 - e o caderno das aulas de culinária que eu ministrava para a minha vó e minha irmã nas tardes livres. Registro de chamada e plano de ensino. Eu também sempre fui professora! Nem que as alunas fossem pegas à unha.





Agora, enlouqueci mesmo com o meu pequeno museu de mídias mortas. Coleção de k7 do Engenheiros do Hawaii, fitas e fitas de Indiana Jones e mais seriados norte-americanos, guia do usuário de BBS, manual da linguagem Clipper. Sem falar nas matérias sobre o surgimento da Internet no Brasil, lá do comecinho dos anos 90: "Entenda porque ela ainda vai mudar a sua vida".

Quem diz que eu coloquei alguma coisa fora? Vontade de sentar a escrever uma cartinha perfumada em um dos papéis da minha abandonada coleção. Quem sabe eu não me anime e acabe ressuscitando a idéia de mandar e guardar cartões postais? Histórias dos anos 60 e 70 herdadas da minha mãe.

4 comentários:

Graziela disse...

Lili do céu, o que é isso...ai, ai, isso me soa tão "balanço", bem apropriado para que já, já completa...alguns anos...rs, como é o meu caso. Papel de carta, Engenheiros, Barrados no Baile...é, tempo, tempo...Bjo.

Liliane disse...

É mesmo, Grazi, tu faz aniversário e eu ficou saudosista... Culpa da faxina!

Beijos e bom finalzinho de inferno (inferno?!?) astral ;)

Leandro "Arnaldo" disse...

Professora, recordar é viver, eu sei o quanto vale objetos antigos nos negócios que realizo pela internet, mas tem algumas que por nos remeterem a lembranças (as boas claro) não tem preço que pague. Abração...

Daniela Hinerasky disse...

qualquer semelhança não é mera coincidência! tenho caixas guardadas (nao consigo desfazer tb) e lembro brincando de Jornal Nacional... costurando retalhos e até dando aulas... ai, ai!